Quinta, 04 Março 2021 17:14
NÃO AO ASSÉDIO MORAL

Bancários denunciam agressividade de novo superintendente do Itaú

O assédio moral humilha e adoece o assediado gerando várias doenças psíquicas, como a síndrome do pânico O assédio moral humilha e adoece o assediado gerando várias doenças psíquicas, como a síndrome do pânico

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

 

O Sindicato dos Bancários do Rio tem recebido várias denúncias de bancários sobre a postura agressiva do novo superintendente da Região 62, do Banco Itaú, no Centro da Cidade.

“Segundo as denúncias que têm chegado a nós, o superintendente já chegou ‘metendo o pé na porta’, procurando intimidar os funcionários e mostrando todo o seu desconhecimento sobre regras básicas de conduta que deve ter quem lidera uma equipe”, disse o diretor do Sindicato, Ronald Carvalhosa.

Ameaças de demissão

Segundo as denúncias, o tom do novo gestor é sempre muito agressivo e causou surpresa também nos empregados a “falta de educação da chefia, que sequer teria se apresentado e já chegou fazendo cobranças de maneira absurda e usando clichês e expressões ameaçadoras, do tipo: “que profissional é você?”; “qual legado você vai deixar no banco?”; “se você não é uma referência na sua regional, tem que parar para pensar”, entre outros recados.

“Como se fosse pouco, os funcionários denunciam que ele, se aproveitando do desemprego elevado no país, produto da política econômica do Governo Bolsonaro e do ministro banqueiro Paulo Guedes, ameaçou os bancários de demissão, dizendo que todo dia o banco recebe inúmeros currículos de candidatos querendo um emprego”, acrescenta Carvalhosa.

Não satisfeito, o gestor disse que a região “é a que tem o pior resultado”, ignorando os efeitos da pandemia e o esvaziamento do centro da cidade, região que tem o maior número de trabalhadores em home-office e com o maior número de lojas fechadas do Rio de Janeiro.

Atendimento não tem valor

Na avaliação preliminar do novo superintendente, o cliente não merece um bom tratamento. Ele teve a capacidade de dizer que “atender bem ao cliente não faz diferença para ninguém e que o resultado de cada um não vem do atendimento”. Ao perceber a repercussão negativa de sua declaração, tentou consertar, dizendo que atender bem é o básico, “mas insistindo que ninguém será avaliado pela qualidade do atendimento”.

“Pelos relatos que temos recebido no Sindicato, a apresentação deste senhor causou uma péssima impressão em toda a região e deixou claro que o objetivo dele é o de ameaçar e assediar os bancários. O Sindicato repudia a postura desse superintendente e avisa que se valerá de todos os instrumentos disponíveis de combate ao assédio moral. E estaremos atentos também à qualidade do atendimento prestado a clientes e usuários. Não vamos tolerar o assédio moral”, completa Ronald.

 

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