Segunda, 19 Agosto 2019 20:14

Marcha das Margaridas: cem mil mulheres protestaram em Brasília

Trabalhadoras marcharam em direção ao Congresso Nacional reivindicando soberania, democracia, justiça, igualdade e o fim da violência de gênero
Bancárias, dirigentes sindicais do Rio, participaram da 6ª Marcha das Margaridas, na capital federal Bancárias, dirigentes sindicais do Rio, participaram da 6ª Marcha das Margaridas, na capital federal

Lideradas por trabalhadoras rurais que se concentravam desde o início da manhã, em Brasília, cerca de 100 mil mulheres participaram da 6ª Marcha das Margaridas, em direção ao Congresso Nacional. A manifestação, organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG), que coloriu a esplanada dos ministérios e trouxe uma luz de esperança diante da obscura conjuntura política, social e econômica do país, trouxe este ano o lema “Margaridas na luta por um Brasil com soberania popular, democracia, justiça, igualdade e livre de violência”.
“Quando alguma coisa é danosa ao Brasil, é muito danosa para as mulheres, que são a maioria da população. Essas mulheres que estão sendo massacradas todos dias estão demonstrando que não aceitam mais a crueldade e a negligência desse governo”, disse a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ).
O evento teve a participação inédita de delegações de 27 países, além de representantes de todas as unidades federativas do Brasil. Manifestações ocorreram também em outras regiões do país. As bancárias também marcaram presença na atividade, através do coletivo de mulheres da Secretaria de Políticas Sociais do Sindicato: Kátia Branco, Marlene Miranda, Jô Araújo, Noemi Valença e Margareth de Moura.
A origem do nome
A tradicional marcha recebe este nome em homenagem à Margarida Maria Alves, ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoana Grande, na Paraíba. Ela foi assassinada em 12 de agosto de 1983, a mando de latifundiários da região. Apesar da repercussão internacional do caso, os responsáveis pela morte da agricultora nunca foram punidos, mesmo tendo sido denunciados à Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Pela primeira vez, o protesto contou com a participação de mulheres indígenas de diferentes etnias.

Mídia