Recentemente o Banco Banrisul ignorou o acordo coletivo firmado com a categoria bancária e vetou os auxílios alimentação e refeição fora do Rio Grande do Sul. Com dificuldades para manter convênios além da região de origem, a instituição afirma que foi multada por infringir a Lei 6.321/1976, que remete ao Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), não retendo seu imposto.

Em reunião com o banco, foi cobrado pela Federação Nacional dos Bancos que sejam alteradas as ações promovidas pelo Banrisul, bem com a retomada dos cartões de alimentação e refeição, e melhorias a respeito da escassez de supermercados e restaurantes conveniados. Unidades bancárias fora do Rio Grande do Sul, que estão localizadas em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro já sofriam com o problema, e por causa disso, era realizado o pagamento em dinheiro, que também foi reivindicado no debate. Apesar dos empecilhos gerados com a atual bandeira, uma troca foi descartada e uma nova reunião foi agendada para a próxima quinta-feira (25), porém, será entre os gestores.

Mesmo lucrando R$320 milhões no primeiro trimestre de 2019 e o crescimento financeiro em 31,1%, o argumento do banco é de uma situação “quase irreversível” e que foi necessária essa medida taxada como emergencial, mas que haverá trabalho para a retomada dos auxílios. O Banrisul alega que gestores estão autorizados a realizarem mudanças nos acordos de convênio.

40 cláusulas do acordo coletivo 2018/2020 protegem os bancários. Dentre elas, o direito de auxílios refeição e alimentação, e caso o banco não retome com o que ficou acordado, a classe trabalhadora junto de entidades sindicais deverão pressionar ainda mais o Banrisul, que segue crescendo em lucros enquanto o assistencialismo aos bancários segue desvalorizado pelo banco.