Quarta, 26 Junho 2019 21:23
ASSEMBLEIA

Bancários do Rio aprovam mudança estatutária do Sindicato

CATEGORIA MAIS FORTE - Bancários aprovam o novo estatuto do Sindicato, adequando a entidade para as transformações deste novo século e garantindo a sustentabilidade da entidade CATEGORIA MAIS FORTE - Bancários aprovam o novo estatuto do Sindicato, adequando a entidade para as transformações deste novo século e garantindo a sustentabilidade da entidade

Os bancários do Rio aprovaram por ampla maioria, em assembleia realizada nesta quarta-feira, 26 de junho, a mudança estatutária do Sindicato. Há 26 anos não havia uma mudança no estatuto da entidade sindical.  
Os sindicalistas avaliam como positiva a decisão da categoria. 
“Precisamos criar mecanismos que garantam a sustentabilidade de nosso Sindicato frente aos grandes desafios dos trabalhadores neste novo século, em função das transformações do mundo do trabalho e de uma conjuntura de ataques no campo político e de alterações na legislação que extinguem direitos e tentam minar a organização de luta coletiva dos trabalhadores”, disse a presidenta da entidade, Adriana Nalesso. 
Na categoria bancária é visível a redução das agências físicas e ampliação dos meios digitais que têm reduzido drasticamente o número de trabalhadores no setor financeiro. Por isso, os sindicalistas avaliam como fundamental também para garantir a capacidade de luta, a representação por ramo financeiro. 
“Nós temos hoje cerca de 26 mil trabalhadores no setor financeiro e cerca de 100 mil no ramo de serviços. No momento em que enfrentamos um acelerado processo de redução de unidades de trabalho e de mão-de-obra, este debate precisa ser feito para garantirmos a sobrevivência das entidades sindicais e o fortalecimento de nossa capacidade de luta”, disse o vice-presidente da Contraf-CUT, Vinícius Assumpção. 

Principais alterações

Adriana destacou as principais alterações do novo estatuto. Uma delas cria uma nova categoria de sócio do Sindicato: a do sócio-contribuinte, que se somam aos sócios natos (profissional da categoria que se encontra em pleno exercício da atividade, ou afastado com base em prerrogativas legais) e o sócio-aposentado. Este novo associado e seus dependentes poderão usufruir das dependências da entidade, inclusive a sede campestre, bens e serviços, benefícios e assistência oferecidos pela entidade sindical. 
“Esta mudança atende a uma demanda da própria categoria. São muitos ex-bancários, que foram demitidos, mas que poderão, inclusive, voltar ao mercado de trabalho e desejam participar das atividades e dos benefícios que possuem todos os sindicalizados”, explica Nalesso. Por uma questão jurídica, essa nova categoria de associado (sócio-contribuinte) não pode votar e ser votado, mas tem direito ao uso de toda a estrutura da entidade a partir de sua associação. As alterações garantirão mais recursos para o fortalecimento da entidade. 
O mandato das diretorias eleitas, que durava um triênio, passa a ser de 4 anos. Esta adequação já ocorre na maioria dos sindicatos do país. 

Bens e serviços

Outra mudança relevante é a que permite ao Sindicato oferecer bens e serviços a todos os seus associados, o que representa mais um bom motivo para o bancário se sindicalizar. “No momento em que o atual governo tenta aniquilar a organização sindical, estas alterações são uma resposta para garantir o futuro de nossa categoria, permitindo a sustentabilidade desta entidade. Isto é importante também para preservar as representações democráticas da sociedade e a organização dos trabalhadores”, acrescenta. 

Mais transparência

Para tornar as contas e balanços do Sindicato ainda mais transparentes e democráticos, foi aprovado ainda um acesso maior do conselho fiscal as informações necessárias para elaboração de seus e dos pareceres da comissão de ética da entidade. Também está garantida a representação dos delegados sindicais como mais um instrumento de relação da diretoria com as bases. 
Foram criadas duas novas secretarias. Uma atende às demandas das transformações do mundo do trabalho, que é a secretaria do ramo financeiro e a outra, trata de um tema que preocupa a sociedade contemporânea: o meio ambiente.


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