Segunda, 03 Junho 2019 19:00

III Censo da Diversidade é passo importante na luta pela igualdade de oportunidades

Adriana Nalesso (segunda à esquerda) participou da mesa que debateu o III Censo da Diversidade, instrumento fundamental para a luta contra a discriminação e o preconceito no mercado de trabalho bancário Adriana Nalesso (segunda à esquerda) participou da mesa que debateu o III Censo da Diversidade, instrumento fundamental para a luta contra a discriminação e o preconceito no mercado de trabalho bancário

O Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) se reuniram na última quarta-feira, dia 29 de maio, em São Paulo, para debater sobre igualdade de oportunidade. Na pauta da reunião, o debate sobre a implementação do III Censo da Diversidade Bancária.
A presidenta do Sindicato dos Bancários do Rio, Adriana Nalesso, destacou a importância do pioneirismo da categoria neste tema.
“Nós fomos um dos primeiros a pautar a igualdade de oportunidades e o combate à qualquer forma de discriminação seja de gênero, raça ou orientação sexual. É preciso respeitar as escolhas das pessoas. Este debate se torna ainda mais relevante no contexto que estamos vivendo, onde pessoas são agredidas e até mortas simplesmente por fazerem escolhas diferentes dos padrões tradicionais. Temos de combater qualquer forma de discriminação. Nosso objetivo é buscar a igualdade nas relações de trabalho”, destaca.
Relevância do Censo
Na avaliação dos sindicalistas, o censo é muito importante, pois, além do levantamento de dados, possibilita a reflexão sobre o preconceito no ambiente de trabalho com o objetivo de combater toda forma de discriminação e construir alternativas onde todos tenham oportunidades e sejam respeitados.
“É importante estimular os bancários a participarem do Censo, envolvendo toda a categoria. Os bancários precisam ser agentes da diversidade nos locais de trabalho”, acrescenta Adriana.
O Sindicato defende o diálogo com a categoria e a e o acesso à informação sobre o tema como etapas fundamentais para evitar a disseminação do preconceito.
“Sem dúvida, avançamos nesta questão, como por exemplo, a isonomia de direitos para os homoafetivos. Porém, a realidade ainda está muito aquém do que desejamos e podemos conquistar nos locais de trabalho”, ressalta.
Maior participação
O III Censo vai ajudar não só no mapeamento da discriminação no trabalho, mas principalmente irá apontar onde a categoria pode e precisa avançar. Para que o objetivo seja alcançado, os sindicatos e todos os bancários precisam acompanhar o processo e cobrar dos bancos medidas para que sejam coibidas quaisquer formas de discriminação.
A participação maior das instituições financeiras neste censo é considerada um avanço importante. Na primeira versão, foram 14 bancos, nesta edição serão 44. “Mais que dobrou a participação, isso é muito significativo”, afirma Adriana.
Instituições no debate
Além dos bancos, vão participar do debate sobre o resultado do censo e a busca pela igualdade de oportunidades, o Ministério Público do Trabalho, o IBGE, OIT (Organização Internacional do Trabalho), a ONU e a ONG Mulheres e mulheres 360+.
“A presença desses órgãos e instituições no debate faz toda a diferença, não somente em relação à categoria, mas também para a sociedade, dando mais credibilidade à nossa campanha que visa combater o preconceito e à discriminação. É preciso, mais do que nunca, defender as pessoas e seus direitos, na luta por uma sociedade menos desigual e de oportunidades para todos. Este é um grande desafio não só para a categoria, mas para todos os brasileiros”, conclui Adriana.

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