Segunda, 20 Mai 2019 19:23

Associados decidem sobre alteração no estatuto da Cassi

Já está em curso a votação sobre alteração no estatuto da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi). O pleito vai até o dia 27 próximo. Em função da atual situação deficitária da Cassi, o Conselho de Usuários do Rio de Janeiro, decidiu convocar os associados para debates a fim de se posicionar a favor ou contra a proposta.
Como parte deste processo, vêm sendo realizados debates entre o funcionalismo, já tendo sido feito um primeiro, dia 17, no prédio da Senador Dantas. O próximo está previsto para 23 de maio, às 18 horas, na AABB Tijuca.

Veja abaixo um breve histórico sobre o tema.

2015 – Início das negociações sobre o custeio da Cassi. Constituída mesa de negociação representando os funcionários da ativa e aposentados (CONTRAF, CONTEC, ANABB, FAABB e AAFBB).
2016 - Fechado o Memorando de Entendimentos, válido até 2019, e que foi aprovado pelos associados. O acordo previa aumento provisório das contribuições para 4% e uma série de ressarcimentos de despesas pelo BB de forma a manter a relação contributiva de 60% a 40%.
2018 - As reservas foram consumidas e foi preciso buscar uma nova solução. BB não retoma a mesa de negociação e unilateralmente elabora uma proposta de seu interesse e instaura um processo de votação sem qualquer consulta às entidades representativas. A proposta alterava profundamente o modelo de governança, excluía os novos funcionários do plano de associados e instituía a cobrança por dependentes por faixas salariais, reajustada pela inflação médica. A maioria das entidades foi contra a sua aprovação e 70% dos associados disseram não às mudanças então propostas.
2019 – Retomada a mesa de negociação – GT das entidades apresenta proposta de consenso, recusada pelo BB. Proposta do BB, similar à de 2018, também é rejeitada pelas entidades.
Seguiram-se dez rodadas de negociação que resultaram na proposta final, ora apresentada para votação pelos associados. A Contraf, ANABB, AAFBB e FAABB consideram que a negociação se deu numa conjuntura adversa em que o governo empossado em janeiro anuncia a “privatização de tudo o que é possível” e não mede esforços para destruir a Previdência Social, cortar direitos trabalhistas e sucatear os serviços públicos, assim nesse momento indicam o voto SIM, priorizando a sobrevivência da Cassi, para, quando houver situação mais favorável, conseguir novos avanços.
Por outro lado, a CONTEC, que também participa da mesa indica a rejeição da proposta por considerar que traz expressivas e irreversíveis perdas para os associados da Cassi, tanto com relação a governança quanto na cobrança por dependentes. Considera que mesmo com a conjuntura adversa não se deve entregar direitos por “acordo”, sem qualquer resistência e indica o voto NÃO.
O sindicato está divulgando jornal específico e nos sites das entidades é possível acompanhar com mais detalhes as posições favoráveis e contrárias à proposta de alteração estatutária da Cassi.

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