Quinta, 09 Mai 2019 20:30

Maioria dos brasileiros é contra a Reforma da Previdência proposta por Bolsonaro

Globo e parte da imprensa manipulam números para convencer opinião pública a apoiar proposta do governo, que prejudica o trabalhador e mantém privilégios
O Sindicato está junto com os bancários na luta contra a Reforma da Previdência. Greve geral de todos os trabalhadores está marcada para o dia 14 de junho.  O Sindicato está junto com os bancários na luta contra a Reforma da Previdência. Greve geral de todos os trabalhadores está marcada para o dia 14 de junho. 



Ao contrário do que divulgaram as Organizações Globo e boa parte da chamada grande imprensa, a maioria do povo brasileiro que conhece a proposta do governo Bolsonaro para a Reforma da Previdência é contra o projeto: dos que conhecem os detalhes da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 6, 51% são contrários e apenas 35% se dizem favoráveis. Isto sem falar que, em função da falta de transparência do projeto e da ausência de debate na sociedade sobre o tema, cerca de dois terços da população ainda desconhecem as armadilhas da proposta das mudanças n as regras para a aposentadoria, que extinguirá a Previdência Social. A pesquisa encomendada mostra que apenas 36% dos entrevistados afirmam ter conhecimento amplo ou dos principais pontos das mudanças pretendidas nas aposentadorias em discussão na Câmara dos Deputados.
Quando o Globo estampa nas manchetes que maioria é a favor da reforma, não diz que o povo até acha necessário mudanças nas regras da aposentadoria, mas não a que o governo Bolsonaro propõe. Na avaliação popular, as regras e valores de aposentadorias têm de ser iguais para todos, inclusive militares, juízes e políticos, o que não está na PEC do governo. 

Redução da idade mínima 

Os brasileiros discordam ainda da idade mínima definida em 65 anos para homens e 62 para mulheres. A maioria esmagadora dos entrevistados (80%), defende uma idade mínima de 60 anos. O atual modelo de repartição é defendido por 77% dos brasileiros. 
O levantamento, realizado pelo Ibope, ouviu 2 mil pessoas em 126 municípios entre 12 e 15 de abril.

Só os bancos ganham 

Pela proposta do ministro da Economia Paulo Guedes, o atual sistema será substituído por uma capitalização privada. Ao contrário de 99% dos modelos de capitalização utilizados no exterior, a proposta do governo prevê que somente o empregado vai pagar sua poupança para a aposentadoria. O empregador não pagará nada, o que não acontece em praticamente nenhum país, exceto o Chile, onde o modelo entrou em colapso ao levar milhões de idosos a miséria, gerando inclusive, um grande número de suicídios. No modelo brasileiro, uma cópia do sistema chileno, só quem ganha mesm o são os bancos, que vão encher as burras ainda mais de dinheiro com a venda de previdência privada.  

Greve geral

Professores, alunos e profissionais da educação farão greve no dia 15 de maio contra a Reforma da Previdência do governo Bolsonaro e os cortes de investimentos em universidades e escolas. Manifestações de trabalhadores do setor em todo o país mostraram que o movimento nacional ganhou força para a paralisação do dia 15. As centrais sindicais organizam uma greve geral para o dia 14 de junho, com o objetivo de barrar a mudança nas aposentadorias e contra as políticas de ataque aos direitos dos trabalhadores. 


Mídia