Terça, 07 Mai 2019 16:42

O CARTEL NÃO TEM LIMITES - Bradesco compra banco nos  EUA por US$500 milhões

 O BAC Florida Bank, e seu suntuoso edifício nos EUA. O Bradesco comprou o banco norte-americano de olho em clientes estrangeiros e brasileiros de alta renda   O BAC Florida Bank, e seu suntuoso edifício nos EUA. O Bradesco comprou o banco norte-americano de olho em clientes estrangeiros e brasileiros de alta renda 

A rentabilidade do cartel dos bancos no Brasil, com a especulação em função dos maiores juros do planeta, não tem limites. O Bradesco, segunda maior instituição financeira do país, comprou o BAC Florida Bank, por US$500 milhões, quase R$2 bilhões. O objetivo da direção do Bradesco é ampliar negócios com clientela der alta renda, inclusive brasileiros que passeiam ou moram nos EUA. A instituição financeira americana tem como especialidade o financiamento imobiliário aproveitando o grande número de brasileiros ricos que compram imóveis na Flórida.

A aquisição confirma a absurda lucratividade do sistema financeiro nacional, que chega ao ponto de comprar bancos da maior potência econômica capitalista do mundo. O curioso é que os bancos batem recordes de lucro mesmo diante de uma das maiores recessões que o país já enfrentou, com previsão de baixa do PIB, quebradeira do parque industrial brasileiro e falência do comércio, gerando mais desemprego e miséria no Brasil. Há mais de uma década, os bancos brasileiros são os mais lucrativos do mundo.

 Ricos não são taxados

Banqueiros e acionistas faturam uma grana preta todos os anos e sem pagar um centavo de imposto. É que desde 1994, os lucros e dividendos não taxados por aqui, por decisão do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), descalabro que permaneceu em todos os governos seguintes e é mantido ainda hoje. Apenas o Brasil e a Estônia, pequeno país do Leste Europeu não cobram taxação dos lucros e dividendos, que nos EUA variam de 14% a 34% e em alguns países da Europa chega a 50%.

Um exemplo do absurdo desta farra dos bilionários: em três anos, a família Setúbal, proprietária do Itaú, maior banco privado brasileiro, e mais uma meia dúzia de grandes acionistas embolsou R$8 bilhões, inteiramente livre de impostos.

“No Brasil, só os pobres, através da tributação direta no consumo e a classe média, que paga o Imposto de Renda na fonte, pagam tributos. A taxação da riqueza, comum em todos os países capitalistas, é uma palavra proibida no empresariado nacional, especialmente entre os banqueiros e ainda dizem que isso é coisa de ‘comunista’. É uma vergonha que o país continue subjugado pela ganância do cartel dos bancos”, critica o vice-presidente da Contraf-CUT, Vinícius Assumpção.

 

 

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