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Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Com informações da Contraf-CUT

Após conseguir, na mesa de negociação, um avanço para assegurar a saúde dos funcionários do Banco do Brasil que sofrem com alguma comorbidade e dos mais frágeis, do ponto de vista médico,os sindicatos querem debater o papel da Cassi no fortalecimento da Estratégia Saúde da Família, o que é considerado fundamental, especialmente para os pacientes do grupo de risco. O debate tornou-se fundamental após os trabalhadores terem conquistado o retorno ao home office no BB.
"Desde o ano passado, representantes dos funcionários do BB no movimento sindical e entidades associativas vem denunciando mudanças estruturais na Cassi que tem prejudicado os associados, como a terceirização da Telemedicina", explica o diretor do Sindicato dos Bancários do Rio, José Henrique.

Empresa novata

O banco entregou o setor para a empresa norte-americana Iron, instalada no Brasil desde 2020. O contrato com a Cassi foi o primeiro firmado pela empresa estrangeira no Brasil.
O movimento sindical estranhou o fato de que uma empresa tão novata no mercado brasileiro tenha sido logo contratada pelo maior plano de saúde de autogestão do país, a Cassi.
Para os sindicatos, "a terceirização tende a aumentar os custos da Cassi e reduzir a qualidade dos serviços aos associados".
Os bancários reclamam, e com razão, que a cada novo contato com o Teleatendimento da Cassi, ao invés de ser direcionado à Estratégia Saúde da Família (ESF), ligado às CliniCassi, o associado é encaminhado para um médico diferente do mercado.

Modelo exemplar

A ESF é um modelo adotado pelos sistemas de saúde mais modernos do mundo em que o paciente é acompanhado, durante toda a sua trajetória, por uma equipe multidisciplinar, aumentando as chances de diagnósticos e tratamentos corretos e, consequentemente, reduzindo os custos nos sistemas de saúde. Quando a Telemedicina indica um médico diferente, o tratamento do associado é prejudicado e os custos da Cassi aumentam.

Rede credenciada

O movimento sindical tem ainda feito reivindicações quanto ao Programa de Assistência Farmacêutica (PAF), que teve sua lista de medicamentos abonáveis reduzida em 1.818 produtos, desde 2019. Outra preocupação é o desmonte da rede credenciada, diminuída em cerca de 5.400 prestadores de serviços desde 2016.

Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio

Os cinco maiores bancos do país (Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal) fecharam 2021 com lucro líquido acumulado de R$ 174,9 bilhões em dois anos.
"Mesmo ganhando tanto dinheiro, em plena crise econômica e sanitária que quebra indústrias e estabelecimentos comerciais, os bancos demitem bancários em massa e exploram a população com os maiores juros do planeta, superados agora somente pela Rússia em função das sanções da guerra na Ucrânia", destaca o presidente do Sindicato dos Bancários do Rio José Ferreira.
Somente quatro dos principais bancos do país - Banco do Brasil (BB), Bradesco, Itaú e Santander - registraram R$ 90,5 bilhões de lucro líquido em 2021, aumento de 34,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, acumulando em dois anos de pandemia, R$ 157,6 bilhões de lucro.

Somados à Caixa Econômica Federal (CEF), que divulgou em seu balanço no final de fevereiro um lucro de R$ 17,3 bilhões - crescimento de 31,1% na comparação com 2020 -, os lucros desses cinco bancos somam R$ 174,9 bilhões.

Fechamento de agências

O setor fechou mais de 12 mil vagas em dois anos, extinguindo um número cada vez maior de agências físicas, o que além de eliminar postos de trabalho, torna o atendimento aos clientes ainda mais precários e eleva a sobrecarga de trabalho de funcionários, fazendo explodir as doenças ocupacionais na categoria. Somente em 2020 foram 3.180 agências bancárias fechadas.

Riscos de privatização

"Os bancos públicos também continuam faturando muito dinheiro, por isso o sistema financeiro e o ministro da Economia Paulo Guedes estão doidos para entregar está gorda fatia do mercado para os interesses privados, como foi a entrega de ativos do Banco do Brasil para o BTG Pactual, instituição criada pelo próprio Guedes", disse José Henrique, diretor do Sindicato.
O BB teve um lucro líquido recorde de R$ 21 bilhões, um crescimento anual de 51,4%.
O Sindicato lembra que Itaú, Bradesco e Santander só querem a parte lucrativa dos bancos públicos, mas nenhum compromisso com o papel social que somente as instituições públicas desempenham.
"Se dependesse dos bancos privados nem com a tragédia da pandemia da Covid-19 o sistema financeiro teria socorrido a população com vulnerabilidade. Graças ao empenho dos empregados da Caixa foi possível distribuir o auxílio emergencial para os mais necessitados", lembra José Ferreira.

Explosão dos juros

Para pessoa física a taxa de juros está em 28,66% ao ano, chegando a 349,62% na linha de crédito do cartão de crédito rotativo. Com a crise econômica agravada pela política econômica do governo Bolsonaro, os trabalhadores recorrem cada vez mais aí cartão de crédito para abastecer o carro e fazer compras, elevando o endividamento da população. O uso dos cartões em 2021, foi o maior nos últimos 10 anos resultando no endividamento das famílias, que alcançou 50,41% de todos os seus rendimentos e comprometimento da renda de 27,87% com o Sistema Financeiro. Em um ano, o percentual de famílias com dívidas em atraso cresceu 10 pontos percentuais. O cartão de crédito é o principal vilão do endividamento dos brasileirosn(87,1% das dívidas pessoais no país).
O pior é que o modelo econômico rentista no Brasil faz com que o Banco Central, dirigido por banqueiros, eleva ainda mais os juros básicos (Selic) para conter a inflação, aumento ainda mais os juros da dívida pública e mantendo um ciclo vicioso que paralisa o setor produtivo, deixando o Brasil proibido de crescer.

Os funcionários do Santander receberam na sexta-feira, 25 de fevereiro, a segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), o Programa Próprio de Resultados do Santander (PPRS) e o Programa Próprio Específico (PPE).
"A direção do banco da a entender que a PPRS é uma concessão da empresa, uma benovolência para com os bancários. Tanto a PLR, a PPRS, que este ano foi de R$ 3.107,16, é fruto da luta dos sindicatos e da categoria, garantido estás conquistas no Acordo Coletivo de Trabalho, bem como a pressão que fazemos para os bancos anteciparem o pagamento da verba", afirma o diretor do Sindicato Marcos Vicente, membro da COE (Comissão de Organização dos Empregados).
Os sindicalistas criticam que, ao invés de discriminar o que é o valor da PPRS e o que é o valor da PPE, o Santander junta os valores na mesma rubrica, numa tentativa de apagar a luta sindical que resultou na PPRS paga para todos e negociada com os sindicatos. Com isso, o Santander passa para o bancário a impressão de que aquele valor somado, da PPRS e PPE, é fruto apenas do resultado individual do trabalhador ao bater metas. Quando na verdade é um resultado coletivo, negociado com o movimento sindical e que tem como único critério para definição do valor a ser pago o ROE (Retorno sobre o Patrimônio Líquido) do banco.

Para todos

Graças a mobilização dos sindicatos, bancários que tiveram nota 2 e perderam a elegibilidade de receber a variável, recebem o valor da PPRS a título de Programa Próprio. Apesar disso, alguns gestores ‘vendem’ esse valor como uma benesse do banco, o que não é verdade.
"Estas conquistas são fruto de negociação coletiva e da luta histórica dos bancários", explica Vicente.

Valor da PPRS

Neste ano, conforme Acordo Coletivo de Trabalho, como a ROE do Santander foi maior que 13% e menor que 23%, todos os bancários receberam R$ 3.107,16. Caso a ROE tivesse sido menor ou igual a 13%, o valor da PPRS seria de R$ 2.570,07. Se a ROE fosse superior a 23%, o valor seria de R$ 3,231.45.

Terça, 22 Fevereiro 2022 16:48

EDITAL ASSEMBLEIA EXTRAORDINÁRIA ESPECÍFICA

O SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS E FINANCIÁRIOS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO, com CNPJ sob o nº 33.094.269/0001-33, situado na Av. Presidente Vargas 502/ 16º, 17º, 20º, 21º e 22º, andares Centro, Rio de Janeiro, por seu Presidente abaixo assinado, nos termos de seu Estatuto, convoca todos os empregados bancários, associados ou não, que prestam serviços no Conglomerado Original (Banco Original S/A e Banco Original do Agronegocio S/A), na base territorial deste sindicato, para participarem da assembleia extraordinária específica que se realizará de forma remota/virtual durante o período das 08:00 horas até às 18:00 do dia 25 de Fevereiro de 2022, na forma disposta no site www.bancariosrio.org.br, (página oficial do Sindicato na Internet), onde estarão disponíveis todas as informações necessárias para a deliberação acerca da negociação e assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho para pagamento da Participação nos Resultados do Conglomerado Original (PRO) referente ao exercício de 2021, a ser celebrado com o Conglomerado Original (Banco Original S/A e Banco Original do Agronegócio S/A).

 

Rio de Janeiro, 22 de Fevereiro de 2022.

 

 

 

 

José Ferreira Pinto

Presidente

Segundo levantamento do TST, entre 2019 e 2021, foram registrados 3.049 processos de assédio sexual e 52.936 de assédio moral

A necessidade do home office, da manutenção do distanciamento social e de diversas medidas para evitar a disseminação da Covid-19 levou a uma nova relação de trabalho, muitas vezes não respeitada por empresas e chefias.

No primeiro semestre do ano passado, os relatos de assédio moral e sexual registraram a marca de 31 mil denúncias, em 347 empresas. O índice representa quase o triplo dos anos de 2019 e 2020, que, considerando os 12 meses do ano, atingiram as marcas de 12.349 e 12.529 casos respectivamente. O levantamento é da Consultoria de gestão de riscos e compliance ICTS Protiviti , que recebe denúncias em empresas.

Esse crescimento no número de denúncias também foi sentido pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) e pelo Ministério Público de Trabalho de São Paulo (MPT-SP). Segundo o TST, entre 2019 e 2021, foram contabilizados 3.049 processos de assédio sexual e 52.936 de assédio moral nas Varas de Trabalho pelo País.

Ainda segundo o TST, nos anos de 2018, 2019 e 2020, houve uma ligeira queda explicada pela reforma Trabalhista e a pandemia.

Chama a atenção, segundo a ministra Maria Cristina Peduzzi, presidente do TST, em entrevista ao Estadão, o fato de que esses tipos de processos haviam caído em 2018, um ano após a reforma Trabalhista de Michel Temer (MDB-SP). Para a ministra, como a reforma determinava que nos casos de perdas dos processos trabalhistas o autor da ação deveria arcar com as custas, houve uma queda naquele ano.

Nos dois primeiros anos da pandemia – 2019 e 2020 -, as chefias das empresas pressionaram mais os trabalhadores por produtividade, mas com o uso de gravações e celulares que facilitam a obtenção de provas digitais aumentou o nível de judicialização dos casos, que para a ministra podem ainda estar subnotificados.

Assédio moral também aumenta em SP

A capital paulista, e as cidades Guarulhos, Barueri, região do ABC, Baixada Santista e Mogi das Cruzes juntas foram responsáveis por um aumento de 51,4% nas denúncias. Foram 554 queixas registradas em 2021, contra 366 em 2020. Em todo o estado de São Paulo, houve um crescimento de 28,9% nos registros por assédio moral. De 896 passou para 1155.

As denúncias mais comuns, segundo o MPT-SP, são as cobranças de metas inatingíveis, a recusa em deixar o trabalhador em home office, práticas antissindicais, ameaças de demissão, são formas de assédio moral que levam ao constrangimento e humilhação do trabalhador.

"Muitas vezes essa pressão exacerbada sobre o trabalhador é confundida com disciplina. E não se confundem as duas situações. A gente tem situações de violência quando essa prática atinge níveis inaceitáveis e geram danos ao trabalhador - patrimoniais, físicos, psicológicos - e repercutem de uma maneira muito negativa no ambiente de trabalho, aumentando a rotatividade e o adoecimento de todo o grupo", disse ao G1, a coordenadora nacional de promoção da igualdade e de oportunidades do MPT, Adriane Reis de Araújo.

MPT-RS dá prazo de 90 dias para Caixa fazer campanha contra assédio no banco

As denúncias de assédio sexual e moral na Caixa Econômica Federal (CEF) levaram o Ministério Público Federal do Rio Grande do Sul (MPT-RS) a protocolar uma recomendação para que em 90 dias, o presidente da Caixa Econômica, Pedro Guimarães, elabore uma campanha publicitária interna para conscientizar contra o assédio sexual que vem ocorrendo no banco.

A instituição foi condenada a pagar uma indenização de R$ 1,2 milhão por danos morais em decorrência da prática de assédio moral e sexual nos departamentos do banco na Serra Gaúcha, em 2019.

Esta não foi a primeira vez que denúncias de assédio chegam ao público. No ano passado, o presidente da CEF, Pedro Guimarães apareceu em um evento com funcionários fazendo flexões.

À época a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) encaminhou um ofício à Caixa notificando-a do descumprimento da cláusula que impede o ranking de empregados e do assédio moral praticado contra os presentes, que foram obrigados a fazerem flexões de braço durante um evento nacional, realizado de 14 a 15 de dezembro, em Atibaia, São Paulo.

“Durante o ‘Nação Caixa’ foram realizadas práticas que expuseram os empregados a situações constrangedoras, que se transformaram em vexame nacional e até internacional quando vídeos que comprovam a prática ‘viralizaram’ pelas redes sociais e foram noticiados por diversos veículos de imprensa escrita e televisiva”, observou a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt.

O ofício da Contraf-CUT observou ainda que a seleção dos empregados participantes levou em conta critérios proibidos pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária.

“De acordo com a própria Caixa, a escolha dos(as) empregados(as) para participação no evento considerou ‘critério meritocráticos’, supostamente reconhecendo trabalhadores que se destacaram em 2021. Tal prática é uma forma de ranking, que é proibida na Convenção Coletiva do Trabalho”, diz o ofício.

Com informações da Contraf-CUT

Preços do gás de cozinha, energia e alimentos pressionam a inflação sentida no bolso das famílias mais pobres

O ano de 2022 não começou bem para as famílias de baixa renda que viram o poder de compra diminuir ainda mais com a alta de preços de produtos básicos como gás de cozinha, energia e alimentos, no caso deste último, embora os preços estejam mais estáveis, não baixaram. Em janeiro deste ano, inflação foi a maior em seis anos.

Para as famílias de renda muito baixa, a inflação em janeiro deste ano (0,63%), é o triplo em relação ao mesmo mês de 2021, que foi de 0,21%. Já nos últimos 12 meses, a inflação para essa faixa de rendimento e também para as famílias de renda média-baixa ficou 1% acima do custo de vida em relação a quem tem renda mais elevada.

Nestes 12 meses, o custo de vida dos mais pobres chegou a 10,5%; os de renda média-baixa a 10,8%. Já no caso das famílias de classe alta, a inflação ficou em um dígito: 9,6%, segundo o indicador “Inflação por faixa de renda”, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O IPEA considera renda alta, famílias que somam rendimento de mais de R$ 16.509,66 por mês; média-baixa, de R$ 2.702,88 a R$ 4.506,47; e muito baixa, as familias que somam rendimentos de menos de R$ 1.650,50.

Por que os pobres sentem mais a inflação

Os pobres sentem mais a inflação porque produtos básicos não podem ser substituídos, como são os casos da energia, da água e do gás de cozinha, que mais pressionaram os preços para esse estrato social, explica a técnica da subseção da CUT Nacional do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Adriana Marcolino.

Em 12 meses, as tarifas de energia aumentaram 27% e o botijão de gás de 13 quilos, 31%, diz a técnica, que lembra que os consumidores não podem trocar os fornecedores de produtos como energia e água e, portanto, as dicas para economizar tratam sempre de usar menos, fechar a torneira ou apagar a luz, por exemplo.

“Ninguém pode trocar a empresa que fornece energia e a água da sua casa, nem deve substituir o gás por querosene ou álcool, pelo risco de queimaduras e até mortes. Com a alta desses produtos e dos alimentos, que pararam de subir, mas num patamar ainda elevado, o poder de compra dos pobres cai. Já as classes altas, pelo rendimento que possuem, não sentem tanto esses reajustes”, diz Adriana.

“Quem ganha um salário mínimo (R$ 1.212) compromete 10% ou mais de sua renda num botijão de gás; quem ganha R$ 12 mil, dez vezes mais do que o mínimo, compromete apenas 1% do seu orçamento”, explica a técnica.

De acordo com o IPEA, os produtos que mais pesaram no bolso da classe mais alta foram a gasolina (42,7%) e do etanol (55%).

Mesmo os sem-casa e sem-carro sofrem com alta dos preços

Apesar de não precisar gastar com combustíveis, gás de cozinha e tarifa de energia por viver numa casa oferecida por uma Organização não Governamental (ONG), no bairro da Santa Cruz, zona sul de São Paulo, a vida de Mariayde Veloso, de 38 anos, separada, mãe de dois filhos, de 18 e 15 anos, só piorou no último ano.

Mary, como é conhecida, tinha casa e cursava pedagogia, que acabou por não terminar. Sem emprego, perdeu tudo e foi acolhida pela ONG que oferece hospedagem coletiva, mas os itens de higiene e alimentação são por conta dela, que atualmente sobrevive com algumas faxinas esporádicas.

A sua maior preocupação é com o filho mais novo que tem sérios problemas de obesidade e fazia tratamento gratuito com um renomado hospital privado, a partir de um convênio com o SUS. Sem o tratamento ele engordou novamente, apesar da dieta rigorosa que faz.

Mary teve que mudar alguns itens da alimentação do filho por causa do preço. Cortou o suplemento da manhã, não pode mais comprar pera e uvas e a geleia sem açúcar. O seu orçamento também não cobre o salmão e o atum grelhado, nem mesmo o ovo cozido que a criança precisa, por terem gorduras não saturadas, pois tudo o que ele come vai para a corrente sanguínea muito rapidamente.

“Eu como só o arroz com feijão e alguma mistura que a ONG oferece, mas gasto, no mínimo R$ 700 com a alimentação do meu filho. Para piorar o meu mais velho está com problemas de autoestima e eu ando deprimida, necessitando de remédios”, conta.

Até mesmo o antigo Bolsa Família ela perdeu em outubro passado, na mudança para o Auxílio Brasil, e tem de esperar até o próximo mês de março para ver se consegue retomar o benefício.

“Nós tínhamos casa, o nosso cantinho, e com tudo tão caro, sem emprego, só me resta ir à luta, manter a esperança e rezar por dias melhores”, diz Mary.

Dicas são para usar ou comprar menos ou deixar de usar ou comprar

A situação das famílias mais pobres se agravou tanto que até mesmo veículos de imprensa conservadores têm buscado dar informações sobre como economizar. Na edição da última segunda-feira (14), o colunista Claudio Considera ex-diretor do Ipea, usou seu espaço no jornal O Estado de S. Paulo para dar dicas de como economizar, entre elas, como disse Adriana, usar menos energia, deixando o carro em casa e até tomando menos café, que acumula alta de 56,87% nos últimos 12 meses.

Confira as dicas do economista: 

  • Economize ao máximo no gasto de energia elétrica (por exemplo, tomando banho frio nestes meses mais quentes do ano);
  • Caminhe, pedale sua bike ou use transporte público;
  • Planeje suas compras de supermercado. Não compre itens que não estejam programados; Opte por frutas e legumes da estação.
  • Modere o consumo de café (fará bem ao bolso e à saúde), bem como o de óleo de soja;
  • Não abra o forno durante o preparo do alimento, e use mais a panela de pressão para economizar gás de cozinha;
  • Cuidado com os pequenos gastos! Normalmente, não ligamos para pequenas despesas, que, somadas, podem afundar nosso orçamento.

 

Fonte: CUT      

Medida é cobrança antiga dos funcionários do BB, levantando suspeitas de uso político da entidade em pleno período eleitoral

A campanha para a disputa às Eleições Cassi 2022 começou oficialmente na última sexta-feira (11). Na mesma semana, a atual diretoria executiva da Cassi aprovou a redução da coparticipação para os percentuais de 2018. A medida atende uma reivindicação antiga dos funcionários do Banco do Brasil e foi uma das promessas não cumpridas até agora pela chapa do atual diretor de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes, Emilio Flesch, e metade do Conselho Deliberativo eleito.

“Nossas suspeitas são de oportunismo e populismo praticados na gestão da Cassi, com uso político da entidade em pleno período eleitoral”, avalia o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga. “Não podemos permitir a mistura institucional com a campanha eleitoral. O uso da máquina para fins particulares fragiliza a democracia e a governança da entidade”, completa.

Antes de entrar em vigor, a redução da coparticipação precisa da aprovação do Conselho Deliberativo (CD). A entidade irá se reunir no dia 25 de fevereiro para avaliar a mudança.

Fukunaga lembra que o aumento da coparticipação foi aprovado em 2018 pelo CD, com voto dos eleitos da chapa do diretor Luiz Satoru e apoio do presidente do Conselho Deliberativo Sergio Faraco. “Na discussão do acordo que salvou a Cassi, lá em 2018, a gente colocou como condição que a coparticipação voltasse aos patamares iniciais assim que a Cassi retomasse o reequilíbrio das contas. E eles demoraram quase dois anos – a partir de 2020, quando a Cassi retomou esse reequilíbrio – para colocar o tema em discussão e justamente às vésperas das eleições”, continua.

Valores retroativos

Desde 2020, a direção da Cassi vem recebendo diversos ofícios das entidades sindicais, incluindo da CEBB e da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Além do retorno da coparticipação aos níveis de 2018, as organizações que representam os trabalhadores cobram a devolução dos valores pagos de coparticipação retroativos. “Nós queremos a devolução dos valores relativos aos últimos dois anos, já que o compromisso firmado era que, quando entrasse recursos na Cassi, a coparticipação voltaria aos patamares iniciais”, pontua o coordenador da CEBB.

O movimento sindical tem ainda feito reivindicações quanto ao Programa de Assistência Farmacêutica (PAF), que teve sua lista de medicamentos abonáveis reduzida em 1.818 produtos. Outra preocupação dos trabalhadores é o desmonte da rede credenciada, diminuída em cerca de 5.400 prestadores e serviços desde 2016.

 

Há previsão de mais chuva para esta quinta-feira

Rio - A tragédia que atingiu Petrópolis, na Região Serrana do Rio, na tarde de terça-feira (15), bateu a triste marca de 104 mortos na madrugada desta quinta-feira. A forte chuva que caiu na cidade causou ao menos 171 pontos de deslizamento, sendo o mais crítico o Morro da Oficina – parte da encosta foi abaixo durante a tarde e pelo menos 80 casas foram atingidas. O município decretou Estado de Calamidade Pública e os militares seguem trabalhando. Há previsão de mais chuva para esta quinta-feira.

Após as fortes chuvas que caíram no município, a região central ficou completamente destruída. O temporal concentrou 259 milímetros de chuva em apenas seis horas, pouco mais do que era esperado para todo o mês de fevereiro inteiro. A maior incidência de deslizamento ocorreu nos bairros do Centro, Quitandinha, Caxambu, Alto da Serra e Castelânea.

Por conta do alto número de vítimas, o Instituto Médico Legal (IML) está usando um caminhão frigorífico para transportar e armazenar os corpos. Diversos familiares se concentram próximos ao local para a identificação das vítimas. Ainda não há informações sobre o número de desaparecidos.

A tragédia se repete
No dia 11 de janeiro de 2011, a região serrana do Rio foi palco da maior catástrofe climática do Brasil. De acordo com os dados do Ministério Público, 918 pessoas morreram, 30 mil ficaram desabrigadas e ao menos 99 vítimas seguem desaparecidas até hoje, após um temporal sem precedentes atingir cidades como Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo. A chuva provocou avalanches de lama e muitas casas desabaram sob a força das águas carregadas de terra e entulho.

Na época do desastre, cerca de 850 mil toneladas de lama e entulho foram retiradas das ruas das cidades. Nos dez anos da tragédia, o governador Cláudio Castro decretou luto oficial e transferiu a sede do governo do estado para a Região Serrana. Em janeiro do ano passado, foi feita a promessa de investir mais de R$ 500 milhões em contenções de encostas, limpeza de rios e obras de infraestrutura em Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis e Areal.

 

Fonte: O Dia

 

 

Além do aumento estipulado pelo governo para quem recebe um salário mínimo, beneficiários que recebem acima do piso nacional terão recomposição de 10,16%

 

Rio - Os beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) começam a receber o pagamento com reajuste nesta terça-feira, 25. Como de costume, os 36 milhões de segurados terão os novos depósitos liberados com a mesma sequência dos anos anteriores, ou seja, para aqueles que recebem um salário mínimo, os depósitos referentes a janeiro serão feitos entre os dias 25 de janeiro e 7 de fevereiro. Já os segurados com renda mensal acima do piso nacional terão seus pagamentos creditados a partir de 1º de fevereiro.
Com isso, aqueles que recebem o piso nacional, passarão a contar com R$ 1.212 mensais, referente ao aumento de 10,18%, média estipulada pelo governo federal. Aqueles que ganham acima do salário mínimo, serão contemplados com um aumento de 10,16%, referente ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado em 2021. Na prática, isso significa que o teto de remuneração do instituto passou de R$ 6.433,57 para R$ 7.087,22

No entanto, vale lembrar que o aumento de 10,16% só vai incidir sobre os pagamentos dos beneficiários que receberam do INSS pelo menos nos últimos 12 meses. Aqueles que começaram a ter o benefício depositado a partir de fevereiro terão um reajuste menor, de acordo com a quantidade de meses em que foi contemplado, ou seja, quanto maior for a quantidade de meses, maior o reajuste. Confira a proporção:

Recebia em janeiro de 2021 - 10,16%
Recebia em fevereiro de 2021 - 9,86%
Recebia em março de 2021 - 8,97%
Recebia em abril de 2021 - 8,04%
Recebia em maio de 2021 - 7,63%
Recebia em junho de 2021 - 6,61%
Recebia em julho de 2021 - 5,97%
Recebia em agosto de 2021 - 4,90%
Recebia em setembro de 2021 - 3,99%
Recebia em outubro de 2021 - 2,75%
Recebia em novembro de 2021 - 1,58%
Recebia em dezembro de 2021 - 0,73%

A orientação do INSS é que os segurados fiquem atentos, pois a data de depósito dos proventos depende do número final do cartão de benefício, sem considerar o último dígito verificador, que aparece depois do traço, para aqueles que foram concedidos recentemente. Para aqueles que possuem seu benefício há algum tempo, vale a data que já habitualmente recebiam.
Para saber o dia correto do pagamento, as pessoas precisam saber o número do benefício. Cada benefício pago pelo INSS é composto por uma numeração única e segue um padrão de dez dígitos. O número aparece no seguinte formato: 999.999.99 9-9.

Como consultar o valor

Para checar quanto vai receber após o reajuste, os beneficiários devem acessar o extrato de pagamento referente ao mês de janeiro de 2022, que será o primeiro a vir com o aumento. Para isso, o segurado deve acessar a plataforma Meu INSS (www.meu.inss.gov.br) e fazer login com o CPF e a senha. No sistema, é possível conferir o número de benefício, quanto vai receber e quando esse valor será depositado.
Confira o calendário de pagamentos completo:

Calendário de pagamentos do INSS para 2022 - Divulgação

Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
Marcello Casal Jr / Agência Brasil

 

Fonte: O Dia

Terça, 25 Janeiro 2022 12:25

CUT lamenta a morte da cantora Elza Soares

Nota de pesar das secretarias Nacional de Combate ao Racismo e da Cultura

 

A Central Única dos Trabalhadores, por meio da Secretaria Nacional de Combate ao Racismo e da Secretaria Nacional da Cultura, recebeu com grande pesar a notícia da morte da artista e cantora Elza Soares, nesta quinta-feira (20), aos 91 anos. De acordo com assessoria da artista, a morte, por causas naturais, ocorreu em sua casa, no Rio de Janeiro.

Considerada a "voz brasileira do milênio", em 1999, Elza Soares venceu o Grammy Latino na década seguinte. Bem antes disso, havia participado do programa "Calouros em Desfile", comandado por Ary Barroso, e cantado "Lama". O primeiro contrato foi assinado em 1960, incluindo ainda uma turnê internacional. Elza Soares conquistou as pessoas ao redor do mundo, sempre usando sua poderosa voz para denunciar a fome, o racismo e defender o direito das mulheres.

Nos últimos anos fez grandes participações com outros cantores negros e, em 2015, lançou o 32º álbum com todas as músicas ineditas e com o forte título: Mulher do fim do mundo. O álbum foi altamente premiado e celebrado por criticos. Em 2018, lançou o disco, Deus é mulher, mostrando que não tinha medo de falar sobre política, racismo, religião e sociedade. E talvez tenha rendido o seu melhor trabalho musical.

Elza Gomes da Conceição, mulher negra, mãe de oitos crianças, que perdeu dois filhos para fome – desnutrição -, nasceu na favela da Moça Bonita, atualmente Vila Vintém, no bairro de Padre Miguel, no Rio de Janeiro. Com essa vivência, fez da sua realidade arte através do seu discurso ao cantar de forma afinada e singular em favor de uma sociedade sem racismo, sem fome, machismo e mais justa para a população negra.

Foram 34 discos lançados que caminharam do jazz ao samba, do hip hop ao MPB, da eletrônica ao pop. Com uma voz inconfundível, a cantora que foi enredo da escola da Mocidade no último carnaval (2020), foi além da música, uma artista sem rótulos, um ícone da cultura nacional.


“Eu sou muito pirada, eu sou uma criatura muito viva, muito ativa, acho que tudo que está na minha cabeça tem que acontecer, eu quero pular corda, eu quero estar feliz, eu quero malhar, eu quero acordar cedo, eu quero, entendeu?”
Obrigada Elza Soares.

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