Sexta, 14 Junho 2019 16:09

Alerj vai realizar audiência pública sobre trabalho aos sábados no Santander

 Adriana Nalesso: “Esta audiência pública é mais um passo importante contra os abusos do Santander” Adriana Nalesso: “Esta audiência pública é mais um passo importante contra os abusos do Santander”

Pressão dos bancários é fundamental para cobrar da direção do banco espanhol, explicações sobre atividade fora da jornada semanal da categoria

 O Sindicato dos Bancários do Rio convoca toda a categoria e em especial os funcionários do Santander, para comparecer às escadarias da Alerj, na segunda-feira, dia 17 de junho, a fim de cobrar do banco explicações para o trabalho realizado aos sábados que, ao contrário do que divulgou a empresa, não teve nada de “voluntário”. Neste dia haverá uma Audiência Pública para tratar do tema, a partir das 14 horas, na sala 316, da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

“Hoje é com os funcionários do Santander. Amanhã pode ser com bancários de qualquer outro banco. Temos de cobrar respeito à jornada semanal da categoria e aos direitos trabalhistas e essa audiência pública é mais um passo importante contra os abusos do banco”, explica a presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso.

 Trabalho ilegal

 Foram cinco finais de semanas seguidos de trabalho sem qualquer proteção trabalhista e imposto pelo Santander a seus funcionários. O Sindicato dos Bancários do Rio, junto com as entidades representativas da categoria de todo o país realizaram seguidos protestos, que ganharam repercussão nas redes sociais e pressionaram a direção do banco espanhol, que insistia em tratar a atividade profissional aos sábados, como “voluntária”, a encerrar com as atividades. A pressão surtiu efeito. O banco recuou e suspendeu em várias unidades a suposta “orientação financeira” dada à população, que na verdade, era trabalho profissional aos sábados que tinha como intuito atrair clientes para os produtos do Santander, como foi comprovado pela presença de sindicalistas nas agências onde ocorreram a atividade ilegal e sem nenhuma proteção trabalhista para os empregados. A agência em um shopping de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, foi uma das unidades em que a categoria conseguiu a suspensão do trabalho fora da jornada semanal dos bancários (de segunda à sexta-feira), que é prevista na Convenção Coletiva de Trabalho e na Legislação Trabalhista.

 

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