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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
A tentativa de cassação do mandato do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) precisa ser repudiada por todo o movimento social brasileiro, pois representa um ataque a um parlamentar que se coloca ao lado das lutas dos trabalhadores, das mulheres, negros e indígenas. A cassação, já aprovada pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, é também uma tentativa do chefe do Centrão, Arthur Lira (PP-AL), de calar o parlamentar que mais tem denunciado o uso do orçamento secreto para manter o poder de Lira na Câmara.
As centrais sindicais, confederações, federações e sindicatos têm se manifestado contra a cassação. Também parlamentares de esquerda e membros do governo Lula têm levado o seu apoio ao parlamentar. Em greve de fome e acampado na Câmara dos Deputados desde a última quarta-feira 9, em protesto contra o processo de cassação de seu mandato, Glauber recebeu as visitas de ministros do governo federal nos últimos dias.
No sábado (12/4), o parlamentar recebeu as visitas de dois nomes de primeiro escalão do governo federal: Gleisi Hoffmann (ministra das Relações Institucionais) e Sidônio Palmeira (ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social). “Essa não é uma matéria de governo, é uma matéria da Câmara dos Deputados, de julgamento interno. A gente apela aos parlamentares para rever essa posição. Eu considero uma decisão muito injusta, desproporcional. Já houve situações muito parecidas que o Conselho de Ética não teve a mesma decisão”, disse Gleisi.
A comitiva que visitou Glauber no sábado contou, ainda, com o deputado federal Lindbergh Farias, líder do PT na Câmara. No domingo (13/4), Marcio Macedo, chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, foi à Câmara pela manhã, acompanhado de líderes de movimentos populares. A ministra das mulheres, Aparecida Gonçalves, também esteve com o deputado no fim de semana, e chamou o processo contra ele de “injusto e símbolo de perseguição na Câmara”, em postagem nas redes sociais. Na segunda-feira (14/4), a visita foi da ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, que disse que o deputado é vítima de violência política..